Tuktuk solar: testemunho de um amigo do projeto

Fred Linden, um amigo do projeto carros solares, vive na Tailândia e conduz um veículo muito conhecido pelos lisboetas: um tuktuk. No entanto, este tuktuk tem uma diferença dos tuktuk’s portugueses, o facto de grande parte da energia consumida por este ser proveniente do sol. Fred contou que o painel solar de 500 W quem tem no tejadilho do seu tuktuk fornece energia suficiente para as suas deslocações diárias, de cerca de 45 km/dia. E, para além do sol conseguir satisfazer as necessidades diárias para as deslocações do tuktuk, o nível da bateria desce apenas 17%, o que significa que o Fred tem um meio de deslocamento totalmente independente da rede elétrica, livre de emissões de gases com efeito de estufa e ainda sem custos de operação, para grande parte dos dias.

 Tuktuk solar. Dois lugares à frente e um banco rebatível para mais duas pessoas, voltadas para trás.
O tuktuk em ação: recolhendo resíduos de carvão para transformar em biocarvão para um jardim.

 

 

 

 O painel solar e a bateria foram montados por uma empresa que normalmente faz instalações de painéis solares para bombas para uso agrícola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na sua opinião, o custo de construção de veículos solares pode tornar-se bastante competitivo quando comparado com o custo de construção de um veículo movido a combustíveis fósseis, e afirma que veículos elétricos movidos a energia solar, quer sejam de mercadorias ou de passageiros, poderão ser uma solução viável para países em desenvolvimento, sendo que o grande desafio iria ser a divulgação e disseminação da tecnologia.

Estima-se que no mundo existam cerca de 100 a 200 milhões de tuktuk (triciclos motorizados com nomes bem diferentes em diferentes geografias) responsáveis por cerca de 1% das emissões de gases de efeito de estufa do sector dos transportes: 21 milhões de toneladas de CO2 por ano, em 2020, de acordo com dados do International Council on Clean Transportation (ICCT).